AGENTE GRAY E A VENUS DE PEDRA

 


Costa Amalfitana, Italia – 10:30hs

Um Carro esportivo na cor vermelha acelera para fora da luxuosa Duca Mansione, deixando um rastro de poeira para trás. Logo, eles se encontram em uma estrada estreita que serpenteava ao longo da costa.

Três carros pretos com vidros escuros o perseguiam e começaram a disparar tiros de metralhadora. O piloto do carro esportivo acelerou ainda mais, jogando o carro em curvas fechadas e subidas íngremes.

A perseguição continuou por quilômetros, com tiros de metralhadora ricocheteando pelas paredes da estrada que levava ao topo de um monte. O carro esportivo desviou habilmente, passando por entre eles em uma série de manobras arriscadas.

Finalmente, chegaram ao topo de uma montanha com vista para o mar. Sem outra opção, acelerou em direção ao penhasco e, em plena queda, o piloto saltou pelo teto solar do carro. Vestindo um WingSuit, em um estante começou a planar pela encosta, o voo foi tenso mas logo o mar cintilava abaixo dele.

Os perseguidores continuaram a disparar tiros de metralhadora, mas ele também era habilidoso em planar e foi capaz de evitar as balas enquanto se movia pelo ar. A uma certa distância pôde finalmente abrir seu paraquedas bem longe dos perseguidores e caiu suavemente no mar da Costa Amalfitana.

Há alguns quilômetros da costa, aterrissou em segurança quando um submarino comercial de turismo, emerge vindo do fundo do mar e ele sobe a bordo por uma escotilha que se abre a sua frente.

A adrenalina ainda correndo pelo seu corpo enquanto pensava que acabara de escapar mais uma vez da morte certa, e com um sorriso triunfante nos lábios, despressurizava dentro da câmara onde havia entrada ainda cheia de água.

O piloto se direcionava a uma pequena sala secreta de operações. Retirando suas roupas e equipamentos e revelou-se como uma jovem mulher de cerca de 18 anos, cabelos castanhos e estatura média. Sem formas muito curvilíneas, pareciam ainda uma adolescente, mas com o perfil ideal para uma agente secreta que precisa se infiltrar entre a multidão. Ela imediatamente se reporta a sua superior, uma mulher mais velha usando um taier e no controle da missão andando de um lado para o outro do submarino acompanhada de assistentes que consultam informações em telas de computador.

"Missão cumprida, senhora. Consegui recuperar o pendrive com as informações que precisávamos", disse a jovem, enquanto retirava suas luvas e respirava profundamente.

A mulher mais velha, agora sentada em frente a uma tela de computador, olhou para a jovem com um olhar frio e calculista. "Ótimo trabalho, agente. Agora precisamos decodificar as informações e descobrir a localização do artefato que estamos procurando."

A jovem assentiu, sabendo que certamente receberia uma nova missão e que seria ainda mais desafiadora do que a anterior. 

“O artefato está localizado em Viena, você precisará se infiltrar em uma festa beneficente que acontecerá daqui a 3 dias e retirar o mesmo de volta a seu lugar de origem, aqui na Itália.”

"Entendido, senhora. E se a organização criminosa descobrir que estamos atrás deste artefato?"

A mulher mais velha sorriu de forma sinistra. "Então, você terá que usar todas as suas habilidades para derrotá-los. E se as coisas ficarem muito difíceis, você sabe o que fazer."

A jovem assentiu novamente, sabendo que sua superior estava se referindo à regra não escrita dos agentes secretos: se você for pego, negue tudo.

Com um aceno de cabeça, a jovem se virou e saiu da sala de operações, pronta para embarcar em sua próxima missão emocionante e perigosa. Ela sabia que não havia garantias de que ela sairia viva dessa vez, mas isso não a impediu de se sentir viva e empolgada pela adrenalina que a aguardava.


Viena, Àustria três dias depois...

Tendo chegado a poucas horas à cidade histórica de Viena, na Áustria, Ela ronda alguns pavilhões do  Palácio Schönbrunn. Ela sabia que a estatueta da Venus de Willendorf, objeto de sua missão, estava escondida em algum lugar dentro da mansão, mas não tinha informações precisas sobre sua localização.

A Venus é uma estatueta de Vénus estimada como esculpida entre 28 000 e 25 000 anos antes de Cristo. Ela foi encontrada em 7 de Agosto de 1908 por um trabalhador de nome Johann Veram que trabalhava na equipe do arqueólogo Josef Szombathy. Representando estilisticamente uma mulher foi descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na Áustria.

Em 2022 foram feitos estudos na peça e descobriu-se que ela não fazia parte daquela região da Austria, e sim da Sicilia na Itália. Imediatamente foi feito um coletivo por meios oficiais de se trazer o artefato de volta a sua cidade de origem. Porem as autoridades Austríacas apresentam morosidade no processo de restituição desse patrimônio histórico a seu lugar de origem.

È ai que a organização de espionagem conhecida como “Lâmina” cedeu seus serviços a pessoas nobre e abastadas da Italia em recuperar o artefato “à moda antiga” dos europeus. 

Usando suas habilidades de investigação, a agente sob o codinome de “Gray”, descobriu que a estatueta estava em uma sala secreta no subsolo do palácio, mas a entrada estava protegida por um sistema de segurança altamente sofisticado.

Para cumprir sua missão, a jovem se disfarçou como uma convidada no evento de beneficente que estava acontecendo naquela noite. Fingiu estar interessada em fazer uma doação generosa e, assim, conseguiu acesso à mansão.

Com astúcia e habilidade, ela conseguiu burlar o sistema de segurança e chegou à sala secreta. Lá, encontrou a estatueta da Vênus de Willendorf em uma caixa trancada. Não hesitou e abriu a caixa, dentro dela, o artefato, bem protegido em segurança. Enrolou-o numa bolsa pratica colada ao corpo e saindo da sala abriu comunicação.

"Encontrei a estatueta", informou a jovem para sua superior pelo comunicador.

"Excelente trabalho, agente. Agora é hora de levar a estatueta de volta para a Itália. Esteja alerta, sabemos que há muitas pessoas que gostariam de colocar as mãos em um objeto tão valioso", disse a voz da mulher mais velha. “Nos falamos em 02 dias, estou lhe acompanhando pelo circuito GPS”

Estava prestes a sair da sala, quando foi surpreendida por um grupo de guardas armados.

Rapidamente sacou sua arma, iniciando uma intensa troca de tiros com os guardas. Com agilidade e precisão, neutralizou os oponentes e correu para fora da mansão.

Ela sabia que não poderia escapar em um carro, pois os guardas estariam prontos para interceptá-la. Um caminhão com roupas lavadas que acabava de sair da mansão foi a saída para fugir do local sem ser percebida.



Uma longa viagem...

A jovem agente sabia que precisava viajar de forma discreta, para não chamar a atenção de possíveis interessados que estavam atrás da estatueta. Por isso, escolheu ir de trem, acompanhando sua própria bagagem. A viagem começou às 11:00hs da manhã. 

A viagem Viena – Roma, dura entre 12 e 18 horas, contando com uma baldeação na última parte do trajeto, em sua maioria passando por paisagens rurais da Áustria até chegar a região metropolitana. Escolheu viajar em cabine particular para evitar o contato com outros passageiros. Infelizmente isso acabava com a sua discrição pois sabia que seria um alvo mais fácil. Com a bagagem sempre à vista, se acomodou em sua poltrona e olhou pela janela enquanto o trem começava a se mover. A paisagem mudava rapidamente, deixando para trás a cidade onde ela havia cumprido sua missão anterior.

No momento da refeição das 12:00hs ela nota um casal cada vez mais perto até que se aproximam.

"Olá querida, está viajando sozinha? O que uma menina linda como você faria isso?" disse a mulher, sentando se em frente a ela e com um sorriso provocante. "Deve ser uma vida excitante a de alguém que viaja sozinha, sem compromissos e tempo certo para fazer as coisas"

Enquanto isso, o homem sentou-se ao lado dela, deixando sua perna encostar-se sutilmente na dela. "Espero que não se importe de me sentar aqui ao seu lado, minha querida. É tão solitário viajar sozinha, não acha?" Ele disse com um sorriso malicioso enquanto passava a mão em sua própria perna, num gesto que a agente não pôde deixar de notar.

Ela se sentiu desconfortável com a situação, mas tentou manter a calma e a compostura sendo educada. "Na verdade, gosto de viajar sozinha. É uma oportunidade de conhecer novas pessoas e lugares." Respondeu ela, com um tom firme mas continuando a comer. Os dois sorriram quando ela citou “pessoas”!

A mulher então se inclinou um pouco mais perto dela, deixando uma nota de perfume no ar. "Concordo plenamente, mas deve ser difícil ficar longe de casa por tanto tempo. Não acha que é melhor compartilhar esses momentos com alguém especial?" disse ela, com um sorriso sedutor.

A agente percebeu a intenção do casal e se esforçou para manter uma distância segura. "Bom, acho que cada um tem seu próprio jeito de viver a vida. Eu gosto de ter minha independência." Disse ela, mudando um pouco de posição na cadeira.

Sentindo que a moça tentava se afastar, o homem começou um diálogo enquanto chamava o garçom “Mas que falta de educação a minha, prazer, eu me chamo Arsene... não aquele, mas alguém em quem você pode confiar...” Disse ele beijando a mão da jovem que fica levemente corada. Arsene, com seus cabelos grisalhos e barba rala, tinha um ar de sedutor experiente, embora não parecesse ter muita constituição física de quem se exercitava regularmente. Vestia um traje sport fino a altura de sua parceira.

“Eu não contaria com isso, seu ladrãozinho de corações! Querida, eu me chamo Margoth, essa viagem de 14 horas pode ser enfadonha se não tiver a companhia certa...” . Margoth, por sua vez, tinha um cabelo ruivo exuberante e sardas no rosto e no colo, além de uma silhueta curvilínea que chamava a atenção. Ela era mais alta do que Arsene, o que fazia com que se destacasse ainda mais. Usava um vestido cor de rosa, com um salto alto preto e uma blusa branca aberta na frente.

O homem se aproximou novamente, sussurrando no ouvido dela: "Eu adoraria ser sua companhia." Ele disse enquanto passava a mão em seu braço.

A agente sentiu um arrepio e se afastou novamente. "Desculpe-me, mas não estou interessada." Disse ela, com firmeza. 

“Mas e o seu nome? Pode nos dizer?” Margoth perguntou.

“Gray, Simone Gray” fazendo uma cara de incomodo com aquela pergunta. Os dois sentiram que haviam exagerado, e lentamente mudaram de mesa continuando sua refeição e conversando cheios de olhares para a agente.

Algumas horas se passaram, como um trem, mesmo que muito moderno, uma hora os locais se parecem sempre os mesmos. As janelas panorâmicas mostravam as belas paisagens rurais da Austria em seu caminho para Milão, o local da troca de trens. Porém o casal vez ou outra acabava trombando com a jovem. 

Palavras suaves e olhares sugestivos seduziam Gray que volta e meia se encontrava em devaneios mas sempre retornava ao foco de vigiar sua bagagem. 

"Você tem um olhar tão sedutor, eu posso sentir que você é uma pessoa muito interessante, que esconde muitos segredos e desejos" ", tentou Margoth, em um momento. 

Em uma outra ocasião onde a mala já ia caindo por cima dela...

Arsene se aproximou dela por trás para ajudar a recolocar a mala em seu lugar e colocou as mãos nos ombros da agente, massageando-os suavemente. "Você é tão bonita, tão misteriosa. Eu mal consigo resistir ao seu charme", ele sussurrou em seu ouvido saindo da cabine tão de repente quanto entrou.

A agente se viu cada vez mais envolvida pela sedução do casal, mas ao mesmo tempo sabia que não podia perder o foco de sua missão. Ela tentou resistir, mas seus pensamentos e emoções pareciam estar cada vez mais confusos.


MARGOTH

Gray acabou se encontrando em um dos corredores com Margoth, quando ela fumava seu cigarro numa área aberta. Pararam para conversar. Passaram horas. A cada minuto que passava, a agente sentia-se mais atraída por Margoth e a química entre as duas era inegável. Margoth era uma mulher fascinante, com sua beleza natural e seu jeito sedutor.

"Você é uma mulher muito interessante," disse Margoth, enquanto passava a mão no cabelo da agente. "Eu não consigo tirar os olhos de você desde que subimos no trem." A agente olhava nos olhos da ruiva. Ela tentou resistir à tentação, mas a atração era forte demais. Sabia que não deveria ceder, mas não conseguia evitar o desejo que sentia pela mulher a sua frente.

"Eu não sei se isso é uma boa ideia," disse, enquanto afastava levemente a mão dela de seu cabelo. “Eu só quero completar minha viagem, voltar a minha vida...” Mas Margoth não desistiu. Continuou a seduzir a agente com palavras doces e toques suaves, levando-a ao limite da tentação. A hora era aquela. A ruiva passou a mão suavemente no rosto da agente e olhou em seus olhos com um olhar intenso. "Você é tão bonita, tão forte. Não precisa fingir que não sente nada por mim", disse Margoth em um tom sedutor.

Enquanto isso Arsane conseguiu hackear a tranca da cabine de Gray e procurou em vários lugares. Já estava perdendo a paciência depois de quase uma hora procurando. A agente escondeu o artefato muito bem escondido... ele teria de fazer ela lhe dar o objeto. Irado ele sai do local e espera que Margoth consiga um resultado melhor.

A agente sentiu seu coração acelerar e desviou o olhar. Ela sabia que não deveria se deixar levar, mas a sedução da ruiva era forte demais para resistir. Se aproximou ainda mais e novamente passou a mão pelos cabelos da agente. "Não precisa ser agora. Podemos aproveitar o momento e ver onde isso nos leva", sussurrou, acariciando - lhe o pescoço.

A Simone sentiu um arrepio percorrer seu corpo e fechou os olhos por um instante. Por um momento, ela cedeu à tentação. "Você parece cansada", disse ela com suavidade. "Deixe-me ajudá-la a relaxar. É uma mulher incrível", sussurrou Margoth, enquanto se inclinava para beijá-la no pescoço. "Eu admiro sua determinação. E acho você muito atraente."

Sentiu-se atraída pelo tom suave e sedutor daquela voz, não pôde resistir ao toque suave em sua pele. Permitiu que a beijasse, e as duas mulheres se perderam em um mundo de paixão e desejo. Por um breve momento, a agente esqueceu todos os seus problemas e preocupações, entregando-se ao prazer que a ruiva lhe oferecia. 

"Margoth, eu..." começou a dizer, mas foi interrompida quando a outra mulher colocou um dedo em seus lábios.

"Não diga nada", inclinou-se para beijá-la suavemente nos lábios. A agente sentiu-se derreter sob o toque dela e retribuiu o beijo com paixão. As duas se dirigiram a cabine de Gray. O prazer continuou com uma série de toques e carícias cada vez mais intensos, levando as duas mulheres a um estado de excitação incontrolável. 

Olharam-se por um momento, com um sorriso de cumplicidade. A ruiva tomou a iniciativa e beijou a jovem novamente, enquanto suas mãos exploravam o corpo dela. Não resistindo se entregou ao desejo, deixando-se levar pelas sensações que estava causando em seu corpo. Elas se beijaram apaixonadamente enquanto se despiam, cada uma admirando a beleza do corpo da outra. Simone desceu os beijos até os seios da ruiva, explorando cada centímetro com a língua e as mãos. A mulher gemia de prazer, entregue à paixão. Aquilo excitava Simone ainda mais. Estava febril e enlouquecendo a cada toque. 

Finalmente, Margoth guiou a agente para a cama, onde as duas se entregaram a uma noite intensa e inesquecível. E, mesmo que a agente soubesse que seu trabalho não permitia esse tipo de envolvimento pessoal, ela não pôde evitar o desejo avassalador que sentia pela ruiva. As mãos da jovem se moveram até a cintura de Margoth, puxando-a para mais perto. Seus lábios se encontraram em um beijo apaixonado e intenso, enquanto seus corpos se enroscavam na cama.

Gray se sentia perdida em um turbilhão de emoções e desejos, sem conseguir pensar em nada além daquela mulher ali a sua frente, tentou manter a cabeça fria mesmo enquanto se entregava à sedução de Margoth.

"Você é incrível", disse ela, sussurrando em seu ouvido enquanto acariciava suas costas. "Não consigo resistir a você".

A agente sentiu um arrepio percorrer sua espinha e correspondeu com um beijo apaixonado. Continuou a beijá-la com fervor, explorando cada canto de sua boca. Suas mãos passeavam pelo corpo de Gray, acariciando suas curvas com suavidade. A agente gemia baixinho, entregue ao desejo que sentia. Até que o gozo tomasse conta de seu corpo juvenil. Por fim, elas se deitaram juntas na cama, exaustas mas satisfeitas. As duas sabiam que aquela noite ficaria marcada em sua memória para sempre.

Mas logo a realidade se impôs, e ela se lembrou de sua missão e do perigo que representava para sua segurança estar tão vulnerável. Ela se afastou com delicadeza, sorrindo para Margoth, mas deixando claro que não poderia se envolver em algo mais do que aquele momento de sedução.

"Foi ótimo estar com você", disse ela, enquanto se levantava da cadeira. "Mas eu preciso que vá agora. Tenho assuntos a tratar."

Margoth pareceu desapontada, mas aceitou a decisão com elegância. As duas se despediram com um beijo suave nos lábios, e mulher partiu com a sensação de que tinha sido uma noite inesquecível.

Mas então, a imagem da estatueta surgiu em sua mente, ela buscou o local onde havia escondido a bolsa com a estatueta. Se certificou de que ainda estava lá e sentiu um pouco mais de tranquilidade deitando na cama e acariciando seu corpo nu. A noite caia e logo ela chegaria a Milão.









ARSENE

Ao ouvir o relato de Margoth, Arsene ficou ainda mais furioso. Sabia que precisaria levar a jovem a lhe entregar passivamente a estatueta. No entanto assimilou cada informação intima sobre sua presa. Posições, modo de tocar... ele realmente precisava realizar sua sedução nas poucas horas que ainda restavam da viagem.

Arsene e Margoth são na verdade dois agentes da organização chamada Jormungand, uma sociedade secreta eugênica que visa manter as coisas como estão, beneficiando a elite mundial com suas missões pontuiais. Desde que foi descoberto que a vênus de Willendorf não era nativa da Austria, as autoridades estão providenciando sua expatriação transferindo o patrimônio para Roma, porém as elites do país não viram isso com bons olhos e contrataram a Jormungand para recuperar o artefato. 

Arsene usou de todo seu charme e elegância, com o cair da noite, ele a convidou para o jantar e, conversando sobre assuntos que despertavam o interesse dela e fazendo-a rir com seu humor sutil. Ele a elogiava com olhares sedutores e gestos gentis, deixando-a cada vez mais envolvida.

Enquanto conversavam, Arsene tocou suavemente o braço da agente, fazendo-a sentir uma corrente elétrica percorrer seu corpo. Ela tentou resistir ao desejo que estava sentindo, mas seu corpo não conseguia ignorar a sedução de Arsene. Já estava meio que anestesiada por causa do encontro com Margoth. Pensava realmente que aqueles dois só estavam em busca de prazeres e companhia para a viagem. Ele se aproximou ainda mais, seus lábios quase roçando nos dela, deixando-a louca de excitação.

A agente tentou se afastar, mas Arsene a puxou de volta com uma força suave, mantendo-a perto dele. Ele sussurrou palavras sedutoras em seu ouvido, fazendo-a arrepiar-se e sentir um desejo incontrolável. Ela sabia que deveria resistir, mas não conseguia resistir aquele charme. Por fim, a agente cedeu à tentação e, a exemplo de sua experiência com Margoth, entregou-se à sua sedução, deixando-se levar pelo desejo que sentia por ele.

"Ah, minha querida, você é tão linda e misteriosa", sussurrou Arsene enquanto passava a ponta dos dedos pelo rosto da agente. "Sinto que há muito mais em você do que aparenta. O que esconde por trás desses olhos?"

Simone sentiu um fogo percorrer seu corpo e seus olhos se fixaram nos lábios daquele homem, desejando senti-los contra os seus. "Eu não escondo nada, apenas faço o que preciso fazer", respondeu ela com um fio de voz.

Sentindo-se desafiado, se aproximou ainda mais, deixando a respiração quente bater no rosto dela. "Eu acho que você esconde muito mais do que está disposta a admitir", disse ele enquanto se inclinava para beijá-la.

Ela fechou os olhos e se entregou ao beijo de Arsene, sentindo-se cada vez mais excitada com suas carícias. Por fim, cedeu à sedução de Arsene, deixando-se levar pelo desejo e pela paixão que sentia por ele.

Continuou a seduzi-la com sua experiência e charme, levando-a a um estado de excitação que ela nunca havia sentido antes. Beijou-a com paixão e ela correspondeu, entregando-se completamente ao momento.

Já na cabine, os dois se enroscaram nos lençóis da cama, explorando seus corpos com as mãos e os lábios. Sentiu-se como se estivesse vivendo um sonho, um homem como aquele, em uma viagem qualquer... quando isso poderia acontecer. Todo o assedio do casal sobre si, fez brotar uma auto estima que a muito tempo não sentia. Era a segunda transa em menos de 24 horas.

Ele a envolveu em seus braços, roçando os lábios em seu pescoço enquanto acariciava suavemente seus cabelos.

"Você linda, perfeita. Não consigo resistir a você", disse ele em um sussurro.

Sentiu-se ainda mais excitada com aquelas palavras e deixou escapar um gemido de prazer enquanto se entregava àquele momento. Sabia o que estava em risco, mas resolveu não resistir à atração que sentia por ele.

Enquanto isso, ele a beijava com paixão, explorando cada centímetro de sua boca. Suas mãos percorriam seu corpo com delicadeza, aumentando ainda mais o desejo que ela sentia. "Nunca senti nada parecido antes”, sussurrou em seu ouvido, enquanto acariciava seu corpo. 

A Simone sorriu, sentindo-se lisonjeada, um pouco mais invasivo, ele a despiu bem mais rápido que Margoth. Quando menos esperava, Gray estava em uma situação que nunca imaginara, nua, atracada com um homem que estava ali todo entregue a seus caprichos. Aproveitou-se dele bem mais do que havia feito à ruiva. Não por preferência, mas por desejo. Também alimentara suas fantasias por ele desde que o tinha visto e dava vazão a seu prazer. Arsene sentiu coisas que nunca havia sentido antes, Simone era cirúrgica em suas investidas e ele notou como o jogo estava virando... a um dado momento ele não tinha mais o controle da situação e era Gray que mandava nele. E ele obedecia devotadamente. 

No final relaxaram exaustos.

Dali a uma hora o trem chegou a Milão. Gray desceu do trem com suas bagagens para mais adiante entrar num novo trem.

Margoth não conseguiu falar com seu parceiro que, para todos os efeitos, não saiu da cabine de Simone. 

A agente ruiva vai até a cabine dela depois de ver a jovem saindo do trem.

Ao chegar lá Arsene está ainda dormindo e nu amarrado à cama. Ela tenta acordar o parceiro mas em vão. Ele estava dopado. Ela o desamarra e leva para a cabine dos dois até que Arsene possa se recuperar.

O destino de Gray agora é Roma.

“ A viagem foi boa?” diz a superior de gray ao comunicador.

“digamos que foi muito... educativa” – Simone se lembra dos momentos de prazer com o casal e de como traçou um plano para não ser roubada durante a viagem.

“Muito bom! Muito cuidado daí pra frente nos vemos em Roma” termina a transmissão.

Roma

“cara, que garota filha da putaaaaa!” esbraveja Arsene enquanto se recupera na estação de trem.

Eles estão atrasados 02 horas pois ele estava dopado. Margoth está ao seu lado. Ela acha graça de o sedutor maior ter sido passado pra trás num truque feminino velho. 

“calma machão! Temos que continuar... agora vai ter que ser na dor” ela exclama.

Arsene e Margoth rapidamente se recompuseram após a descoberta do roubo de Simone Gray. Eles sabiam que precisavam agir rápido para recuperar o artefato.

Sem perder tempo, decidiram deixar Milão e seguir para Roma, onde Simone deveria estar dentro de algumas horas. Para garantir uma chegada rápida e sem interrupções, optaram por alugar um helicóptero. Enquanto voavam sobre a bela paisagem italiana, Arsene e Margoth discutiam sobre o plano de ação que deveriam seguir. Eles sabiam que Simone era uma agente inteligente e astuta, e que poderia estar preparada para lidar com eles.

"Eu acho que devemos nos preparar para o inesperado", disse a ruiva, enquanto observava o horizonte pela janela do helicóptero. "Simone é inteligente e pode estar nos esperando com armadilhas." 

Arsene amargurado e desmoralizado concordou, sabendo que Margoth estava certa. "Vamos ficar atentos e manter nossos sentidos aguçados. Não podemos permitir que ela nos pegue desprevenidos."

O helicóptero voava cada vez mais rápido, cortando o ar em direção a Roma. Arsene e Margoth estavam determinados a vencer a espiã.

De dentro do trem, Simone Gray teve a impressão de ver o casal em um helicóptero. Mas não se deteve muito nisso. Já tinha um plano: ao invés de descer diretamente em Roma onde algum possível inimigo poderia lhe interceptar, resolveu desembarcar em Roma Tiburtina a alguns minutos de Roma. La ela aluga um carro e segue para o Bureau de sua agencia.

Ao sair da locadora ela nota que está sendo perseguida. Era o casal que a localizou antes de ela ter chegado a estação. 

CONTINUA

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